Nos dias de hoje, quando falamos em sistemas embarcados ou até mesmo em automação de modo geral, muito provavelmente, as primeiras imagens que surgem em nossas cabeças, são de alguma das placas Arduino ou algum modelo da plataforma Raspberry Pi. Sendo assim, neste post: “Arduino vs Raspberry Pi: Qual a Diferença?”, vamos falar um pouco sobre estas duas famílias e tentar demonstrar qual é a relevância de escolher um ou outro para o seu projeto.
A relevância das duas plataformas na atualidade.
É nítido que ambas as plataformas conquistaram uma grande parcela do mercado, podendo ser encontradas em aplicações que vão desde desenvolvimentos projetos mais simples, passando por trabalhos acadêmicos e indo até soluções mais robustas, como por exemplo, as existentes em processos industriais.
A popularidade dos elementos Arduino vs Raspberry Pi deve-se a uma série de fatores, como por exemplo, a facilidade da utilização dos mesmos no desenvolvimento de tecnologias, o auxílio no aprendizado e ensino de linguagens de programação, a proposta de integração dos usuário com campos de conhecimento específicos como a eletrônica e a robótica. Além dos motivos ressaltados anteriormente, um outro aspecto fundamental e em muitos casos, o mais importante: preços acessíveis.
As placas Arduino
As placas Arduino tiveram a sua criação na Itália com o objetivo de serem algo que pudesse estar presente no ambiente educacional, ou seja, algo que tivesse peso no desenvolvimento de aplicações que de alguma forma instigassem ou promovessem o ensino de disciplinas como por exemplo, programação, eletrônica, robótica, entre outras.
Falando de uma maneira bastante simples, elas consistem em sistemas embarcados formados sobre placas circuito impresso, que por sua vez, possuem uma série componentes eletrônicos embutidos em sua estrutura. Os primeiros modelos de placas (que por sinal são os mais populares até os dias atuais) possuem, além dos componentes eletrônicos citados, os microcontroladores, os quais, são responsáveis por coordenar o funcionamento do sistema como um todo.
Apenas como um parêntesis, gostaríamos de ressaltar que existem placas Arduino (modelos mais novos) que além dos microcontroladores utilizam também microprocessadores (como o Yún, apresentado na figura abaixo). Entretanto, estes modelos, apesar de serem utilizados para a execução de aplicações bem específicas, não são os mais populares devido ao seu custo.
A placa Arduino mais popular é denominada Arduino UNO. Esta placa é composta por um microcontrolador ATmega328P (de 8 bits), 14 pinos que podem ser utilizados como entradas (que podem ser usadas para ler o estado de um botão, por exemplo) e saídas digitais (utilizadas para acionamentos, como por exemplo, de um led), de modo que, destes 14 pinos 6 deles podem gerar sinais utilizando PWM. Além disso, o UNO conta também com outros recursos, como 6 entradas analógicas e também uma porta USB, a qual, visa permitir de modo simples, a conexão do mesmo com computadores.
Para finalizar, devemos ressaltar que, no âmbito das placas Arduino, existem alguns recursos muito importantes, chamados Shields. Estes elementos consistem em uma espécie de extensões que quando conectadas a uma placa principal, onde concedem funcionalidades específicas à mesma. Por exemplo, uma placa Arduino UNO não possui, por si só, a capacidade de conectar-se a uma rede local, ou até mesmo à internet, no entanto, através da utilização de um Ethernet Shield, por exemplo, é possível estabelecer o tipo de conectividade citado.
As placas Raspberry Pi
As plataformas Rapsberry Pi começaram a ser lançadas a partir de 2012 pela Raspberry Pi Foundation e assim como no caso das placas Arduino, estas também possuíam um intuito inicial de auxiliar no campo educacional, mais especificamente, no ensino de disciplinas de programação, com baixo custo.
Como dissemos anteriormente, assim como as placas Arduino, as placas Raspberry Pi também estão entre os elementos mais populares no mundo dos sistemas embarcados, no entanto, apesar de estas plataformas liderarem este segmento juntas, devemos ressaltar que a família Raspberry PI possui um número de placas bastante reduzido.
Elas consistem basicamente em computadores com pequenas dimensões, cujos tamanhos são um pouco maiores que o de um cartão de crédito (em geral, as dimensões dos elementos da família Raspberry Pi são bem semelhantes às das placas Arduino). Como estas são computadores, torna-se necessária a existência de um sistema operacional, geralmente baseado em linux, para as mesmas que possam ter a capacidade de executar tarefas.
Entre os modelos existentes de placas Raspberry Pi pode-se perceber um aumento na complexidade dos sistemas quando caminhamos das plataformas mais simples (como as placas Raspberry PI Zero) para aquelas que suportam uma gama maior de recursos. O plataforma mais completa é a Raspberry Pi 3, que por sua vez, possui um processador de possui processador Quad Core 1.2GHz, 1 GB de RAM, capacidade de se conectar com outros dispositivos via Wifi ou bluetooth, saída HDMI, slot para cartão de memória MicroSD e muitos outros elementos.
Ao contrário das plataformas Arduino, as quais, possuem uma grande quantidade de shields disponíveis (sejam eles originais ou não), as placas Raspberry Pi não têm muitos complementos exclusivos à sua disposição. Entre os poucos existentes, pode-se citar por exemplo, um módulo de câmera, capaz de filmar e fotografar em alta resolução.
Qual Utilizar: Arduino vs Raspberry Pi?
A partir do que foi dito anteriormente, pode-se perceber que manipular as placas Arduino é algo muito mais simples do que os elementos da plataforma Raspberry Pi, pois, pelo fato de modelos como o Arduino UNO serem dispositivos baseados na utilização de microcontroladores, basta que o usuário crie seu código em C, grave o programa no microcontrolador da placa e o projeto desenvolvido estará pronto para funcionar. Em contrapartida, a manipulação inicial de uma placa Raspberry Pi envolve um procedimento complexo em virtude da necessidade de instalar e configurar o sistema operacional da mesma.
Além disso, para determinar qual placa é a mais adequada para o seu projeto, você deve levar em conta o tipo e a complexidade do mesmo. Em poucas palavras, caso o seu projeto envolva basicamente conjuntos de lógicas de hardware e não necessita da utilização de um software robusto por trás, a plataforma Arduino é a melhor escolha, pois, além da praticidade citada anteriormente, as placas desta família trabalham com níveis de corrente consideráveis.
Por outro lado, as placas Raspberry Pi também conseguem trabalhar em aplicações que envolvam lógicas de hardware (é importante ressaltar que os níveis de tensão e corrente suportados pelas placas Raspberry Pi é inferior aos níveis relativos às placas Arduino), no entanto, seu potencial é melhor explorado em casos que necessitem de soluções otimizadas de software (como, por exemplo, cálculos complexos), afinal de contas, estas são computadores completos.
Conclusão
Neste post “Arduino vs Raspberry Pi: Qual a Diferença?” Elaboramos um breve panorama relacionando a diferença e os elementos das duas placas. Esperamos que você tenha gostado deste conteúdo e sinta-se à vontade para nos dar sugestões, críticas ou elogios. Lembre-se de deixar suas dúvidas nos comentários abaixo.
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