A Soldagem é um processo bastante importante para quem trabalha com eletrônica, é um procedimento base para o desenvolvimento de módulos e fixação de componentes, por exemplo, uma soldagem bem feita é imprescindível e para isto, os equipamentos certos são necessários.
Teoricamente, a Soldagem é um modo rápido de fixar permanentemente fios e circuitos eletrônicos através de ferramentas simples e técnicas fáceis de aprender, porém uma soldagem sem experiência ou sem os equipamentos corretos pode causar rompimento de trilhas em placas de circuito impresso, soldas frias e mal contato, curto entre terminais, diversos são os problemas que podem ocorrer.
Portanto, saber Soldar do jeito certo e saber usar os equipamentos corretos é a única forma de garantir que a solda irá ficar bem feita, garantindo ao equipamento eletrônico boa eficiência e evitando problemas futuros u uma possível revisão solda a solda.
Podemos definir a Soldagem como o processo de casamento de materiais (especialmente os metais) mais fundamental para a indústria e para a eletrônica, sendo muito empregada na construção e manutenção de peças, equipamentos e estruturas.
A soldagem industrial é a única forma de unir duas peças de metais transformando ambas em uma peça única, processo conhecido como fusão, bastante utilizado na construção de estruturas sólidas, amplamente utilizada na construção civil e projetos mecânicos.
O processo de soldagem eletrônica é usado para gerar uma superfície de contato comum entre os mais diferenciados terminais e placas que consequentemente possibilitam a passagem de energia, sinal e afins. Diferente da soldagem industrial, a eletrônica não funde matérias, apenas une-os através de uma maior superfície de contato.
A aplicação da soldagem é muito variada, indo desde pequenos componentes eletrônicos até grandes estruturas e equipamentos como pontes, navios, vasos de pressão, etc. Atualmente, a soldagem também é usada similarmente em plásticos e vidros.
A soldagem é aplicada em diferentes áreas: construção naval, civil, ferroviária, indústria aeronáutica, automobilística e indústria metalúrgica, além de ser amplamente utilizada em projetos eletrônicos, mas de maneira diferenciada aos casos citados anteriormente.
Atualmente há em torno de 50 processos de soldagem, sendo que o mais antigo deles foi descoberto há aproximadamente dois mil anos: a soldagem por forjamento.
A solda forjada, usada até final do século XIX, consiste em aquecer as peças a serem consertadas e depois martelar até que elas se amalgamam. A invenção da eletricidade e outros processos químicos que foram descobertos fizeram com que surgissem novas formas de soldagem.
Com o passar dos anos a soldagem foi evoluindo e a necessidade de trabalho com peças cada vez menores fez com que os processos mais robustos fossem tornando-se cada vez mais simples e delicados.
Atualmente, a eletrônica necessita de soldagens cada vez mais delicadas, é o caso da união necessária entre os dispositivos SMD em placas de circuito impresso cada vez menores.
Na solda eletrônica, a base de soldagem é o estanho, por isso se ouve muito o termo “estanhar”. Existem vários tipos de solda, a mais comum no uso da eletrônica é a solda de fio com fluxo, de 60/40 espessura de 1mm.
As ligas metálicas, empregadas na soldagem eletrônica, são designadas pelas proporções de estanho e chumbo, por exemplo, quando falamos que a solda é 60/40, significa dizer que há nela 60% de estanho e 40% de chumbo.
E mais, na eletrônica, as soldas possuem um fluxo interno, elas são ocas e este oco é preenchido com o fluxo. Esse fluxo ajuda o processo de soldar, melhorando a aderência da solda a superfície.
O tipo de solda mais comum em eletrônica é desenvolvida através de um ferro de solda. Essa ferramenta converte a energia eléctrica em calor, que a sua vez provoca a fusão do material utilizado na solda.
No entanto, para garantir uma maior precisão, muitas pessoas preferem usar uma estação de soldagem.
As estações de solda asseguram que o seu ferro de solda vai trabalhar na temperatura correta e que ela fique constante, deixando o trabalho mais fácil e garantindo um melhor resultado final.
Contudo, uma estação de soldagem é um equipamento caro. Se este for o seu caso, prefira um bom ferro de solda com pelo menos 30W de potência e fique atento para comprar a versão correta para tensão da rede elétrica em sua casa.
Isso costuma ser o bastante para a maioria dos projetos eletrônicos.
São comumente encontradas no mercado soldas nas proporções 70/30, 60/40, 50/50 e 40/60. A liga depende muito do uso, você deve considerar que quanto mais estanho a liga tiver, mais baixo vai ser o ponto de fusão. Então uma solda com liga 70/30 vai derreter muito mais rápido que uma solda com liga 40/60.
O ferro de solda é muito empregado para fazer a união de componentes eletrônicos em uma placa de circuito impresso (PCI ou PCB, em inglês) e também para a emenda de fios e/ou cabos ou para conserto de placas eletrônicas.
Como vimos, a técnica da soldagem é bem antiga, e não existe um único procedimento de solda, mas sim vários processos diferentes empregados nos mais variados contextos.
Em eletrônica, é muito importante escolher o material certo e o equipamento correto para os seus projetos com soldagem, caso contrário você não vai obter uma boa união entre os componentes e vai acabar danificando os circuitos por uma temperatura excessiva.